Páginas da vida –MINI-FIC (Presente de 3 meses de blog)

- Mamãe nos conte uma historia –diz a pequena de quatro anos sentada no colo da mãe.

- É mamãe, nos conte uma historia –disse o pequeno de também quatro anos.

- O que vocês querem ouvir?

Estavam e uma noite fria de dezembro, a lareira permanecia ligada, aquecendo a sala que tinha 2 sofás 2 poltronas 1 tapete e uma mesa de centro.

Sentada em uma das poltronas com os dois filhos sentados em seu coloco e cobertos por um coberto quentinho, Mitchie fitava o fogo enquanto seus pequenos pediam por uma das muitas historias que a mãe contava antes de dormi.

- Queremos ouvir uma historia de quando você era pequena. –pediu a filha sorrindo.

- Hm historia de quando eu era criança, deixe-me ver –Disse pensativa.- Tudo começou quando...

# Flashback .

- Aqui sem duvidas é bem assustador.

- Deixa de ser medrosa, Mitchie. –disse a menina descendo as escadas segurando o corrimão enquanto falava com a irmã de apenas 9 anos- Esse lugar não me assunta –disse Sunny que tinha 12 anos.

- Não sou medrosa –disse Mitchie segurando o corrimão- Por que estamos aqui mesmo? –perguntou.

- Estamos procurando a caixa que a mamãe pediu.

- Ah claro!

As jovens terminaram de descer as escadas e olharam em volta. Realmente o lugar era de dar calafrios. Uma iluminação não muito boa junto a um lugar completamente empoeirado, não era o lugar que Mitchie gostaria de estar.

- Aqui esta muito empoeirado –disse Mitchie.

- Mas é obvio estamos em um porão –disse Sunny enquanto revirava os olhos.

Sunny era irmã mais velha de Mitchie, Sunny era três anos mais velha que a irmã.

- Procura ai que eu vejo se a caixa esta nessa prateleira. –disse Sunny vasculhando a tal prateleira.

- AAAAH –Mitchie da um grito e Sunny se vira rapidamente para a irmã.- AAAAH UMA ARANHÃ –diz chegando pra trás.

Mitchie escorrega e cai pra trás. Já Sunny cai na gargalhada.

- Não tem graça –diz Mitchie sem graça.

- É claro que tem –diz rindo e se aproximando da irmã.

- haha –finge rir- estou morrendo de rir. –diz a irmã mais nova- Que baú é aquele? –aponta Mitchie fitando o tal baú.

- Não sei –diz Sunny olhando- Vem Mitchie vamos ver. –diz dando a mão para a irmã que ainda estava caída no chão.

Mitchie pegou na mão da irmã e as duas se encaminharam até o baú empoeirado.

- Acho melhor não mexermos –diz Mitchie encarando o baú.

Sunny se vira pra irmã e revira os olhos.

- Vem me ajuda a tirar toda essa poeira –diz Sunny passando a mão em cima do baú com a tentativa de deixá-lo limpo.

- Ta bom –diz contrariada.

Quando as irmãs terminam de limpa toda a poeira elas ficam de joelhos no chão e abrem o baú, nele tinha algumas coisas antigas.

- Isso é lindo! –diz Sunny pegando um vestido de noiva e o admirando.

- Ela é linda! –diz Mitchie olhando um porta retratos.

- Deixe-me ver – Sunny pega o porta retratos antigo, nele tinha uma foto de escala cinza- Ela se parece com a mamãe –disse olhando fixamente para as feições do rosto da jovem que estava com a mão na barriga e com um sorriso contagiante.

Mitchie pega o porta retratos e fica olhando fixamente pra ele.

- Ela estava feliz –diz olhando o sorriso da jovem da foto.

- Olha isso Mitchie –diz pegando uma caixinha.

- O que é isso? –diz colocando o porta retratos ao lado.

Sunny abriu a caixinha e se deparou com uma aliança.

- É uma aliança. –afirma Mitchie.

Com toda a certeza do mundo, era a aliança mais brilhante que tinha visto em toda a vida.

- Olhe, uma boneca de pano –diz Mitchie pegando a boneca e admirando.

Sunny da um sorriso, mas logo esse sorriso se desfaz.

- De quem será tudo isso? –pergunta ainda seria.

- Não sei. –diz agora levando o olhar até a irmã mais velha.

- Olha Mitchie, são cartas –diz pegando algumas delas na mão.

Sunny abriu uma das cartas e começou a ler.

“Sei que quando ler isso não estarei mais aqui.

Mas quero que saiba de uma coisa, jamais me esquecerei de você

Afinal como esquecer o primeiro amor?

Como esquecer tudo que passamos?

Mesmo se tentasse, como conseguiria?

Afinal, do nosso relacionamento a única coisa que sobrou foi o fruto do nosso amor.

Sim, estou grávida de um filho seu, ou melhor uma filha!

Você preferiu ficar com Ashley em vez de mim, mas não lhe culpo.

Talvez eu não tenha sido boa o suficiente pra você, talvez eu não tenha sido a esposa que você esperava que eu algum dia eu fosse.

Talvez você não me amasse como dizia.

Dei-lhe tudo de mim, dei meu amor, minha confiança e meu respeito.

Espero que tudo que você não deu a mim, como o seu amor, você de a ela.

Que você a faça feliz como fez a mim.

Sim, você me fez feliz, mesmo tudo sendo uma ilusão mesmo tudo sendo uma mentira.

Você leu certo, uma ilusão e uma mentira, afinal eu pensava que você me amava, mas eu estava errada. Nem sei ao certo o porquê de ter  pedido minha mão em  compromisso. Afinal porque casaria com alguém que não ama?

Só posso lhe agradecer por tudo, principalmente por ter despertado em mim um sentimento que nenhum homem algum dia conseguiu, o amor.

Desejo toda felicidade do mundo para você e para Ashley.

Atenciosamente, Demetria.”

# Fim do Flashback.

Mitchie tinha posto os filhos na cama, que ainda escutavam a historia atenciosamente. Mitchie ficava com o olhar fixo para uma janela, no qual conseguia ver as luzes das outras casas acesa.

- Depois daquele dia, fui pergunta a mamãe quem era a jovem da foto, ela pareceu surpresa com a minha pergunta. Ela disse que era minha avó, e que aquele bebê que ela esperava era ela –sorri ao lembra-se da fotografia- Minha avó dizia a ela que o pai dela era um grande o homem, que tinha como nome, Joseph. Ele teve um filho com Ashley, que logo depois faleceu com o nascimento do filho. Minha mãe disse que ouviu dizer que Joseph tinha cuidado do beber sozinho. Lembro-me que minha mãe me disse que vovó sentiu pena de Joseph, e que certo dia eles se encontraram, -sorri novamente- bom, minha avó Demetria ajudou Joseph a cuidar do bebê. Eles até se casaram denovo. Minha mãe, avó de vocês, na época tinha três anos. Demetria e Joseph eram o casal mais feliz do mundo, pelo menos era o que a avó de vocês dizia. O tempo passou e eles já estavam velhinhos, minha mãe já era adulta, mas eu ainda não tinha nascido. No final, eles morreram juntos e velhinhos. Minha mãe disse que vovó dês dos 14 anos escrevia tudo em um diário, no qual escrevia tudo até o penúltimo dia de vida.

Mitchie olha para os filhos. Os pequenos já estavam dormindo, Mitchie sorri ao ver os “filhotes” dormindo como anjos, ela se levanta e se encaminha até o quarto, abre o armário e pega uma caixa, ela se encaminha novamente até a cama, se sentando cautelosamente para não acorda o marido, ela abre a caixa e ver lá, a foto e a boneca da avó, mesmo nunca tendo a visto sentia algo pela avó, um amor que podemos chamar de: fraternal. Logo que tirou a boneca e a fotografia, viu o diário da avó. Era branco e tinha como titulo na capa escrito: Páginas da vida.

Fim